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“Homem com H” estreia nos cinemas narrando de forma competente a brilhante e intensa trajetória de  Ney Matogrosso

Jesuita Barbosa interpreta Ney Matogrosso no filme “Homem com H”,  que acompanha a brilhante e intensa trajetória de Ney de Souza Pereira, desde a infância até a sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros

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Jesuita Barbosa interpreta Ney Matogrosso no filme “Homem com H”,  que acompanha a brilhante e intensa trajetória de Ney de Souza Pereira, desde a infância até a sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros. Escrito e dirigido por Esmir Filho, o longa-metragem conta com Jullio Reis (Cazuza), Bruno Montaleone (Marco), Hermila Guedes (Beíta, mãe de Ney), Rômulo Braga (Antonio, pai de Ney), Mauro Soares (João Ricardo), Jeff Lyrio (Gerson Conrad), Carol Abras (Lara) e Lara Tremoroux, (Regina).

Na infância e na adolescência, Ney morou com os pais e irmãos na pequena cidade de Bela Vista (MS). Os embates com o pai (Rômulo Braga), militar, que insistia que o menino “virasse homem”, o levaram a se afastar da família, antes de seguir na vida artística. “Toda a repressão que Ney sofreu do pai fez aflorar esse ser livre. Ele diz que muitas escolhas que fez na vida foram para contrariar a vontade do pai”, diz o diretor e roteirista Esmir Filho. Anos depois de sair de casa, Ney estreou em São Paulo como vocalista dos ‘Secos e Molhados’, ao lado de João Ricardo (Mauro Soares) e Gerson Conrad (Jeff Lyrio), dando início às performances históricas.

Homem com H” contrasta com algumas recentes cinebiografias de personagens da MPB, a exemplos dos desastrados “Elis” e “Meu Nome é Gal”. O filme ousa mais e oferece um retrato sincero e esteticamente vivo de seu personagem.


Jesuita Barbosa interpreta Ney Matogrosso no filme “Homem com H”,  que acompanha a brilhante e intensa trajetória de Ney de Souza Pereira, desde a infância até a sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros

Ao optar por uma estrutura não-linear de contar a história, o filme pode afastar o espectador mais apegado ao jeito mais tradicionar de acompanhar uma jornada, mas a opção da direção fortalece os retratos potentes de algumas das performanes mais emblemáticas do artista, construindo seu retratado como um quebra-cabeça de mistérios e canções.

Um dos destaques da produção é a recriação dos mais marcantes shows da trajetória de Ney Matogrosso, entre eles a primeira apresentação dos Secos e Molhados na Casa de Badalação e Tédio (1972); seu primeiro show solo, “Homem de Neanderthal” (1975);  “Bandido” (1976); e o show em que Ney canta “Homem com H”, dirigido por Amir Haddad (1981). As diferentes fases de Ney Matogrosso também são exploradas nas apresentações do Circo Tihany (1984); no projeto “A Luz do Solo” (1986) – com destaque para a canção “O Mundo é um Moinho”, de Cartola; em “O Tempo não Para” (1988), de Cazuza, dirigido por Ney; em “As Aparências Enganam” (1993); e em seu mais  recente show, “Bloco na Rua” (2024). 


Ao retratar o período da ditadura militar, “Homem com H” mostra que a vida de Ney está conectada com a história de um Brasil cercado pela opressão, mas que aspira à liberdade, mas ao mesmo tempo prefere colocar doses de imagética lúdica no lugar de explorar a repressão brutal às artes feita na época. É compreensível o apego da direção pela teatralidade estética, mas em alguns casos,um pouco de retrato factual é muito bem-vindo.

Para os fãs do artista, emoção não faltará. Como esperado de uma cinebiografia musical, a trilha é o ponto forte, desde a fase Secos & Molhados até o período solo. É neste ponto que o filme se sobressai. O uso das canções em diálogo com as imagens e as lúdicas composições de cena são fator preponderante para o resultado final positivo do longa. A trama é embalada por sucessos como “Rosa de Hiroshima”, “Sangue Latino”, “O Vira”, “Bandido Corazón”, “Postal de Amor”, “Não Existe Pecado ao Sul do Equador”, “Encantado”, e, é claro, “Homem com H”.

O filme também revela as paixões de Ney Matogrosso, entre elas Cazuza (Jullio Reis), um de seus grandes amores, e Marco de Maria (Bruno Montaleone), seu companheiro por 13 anos.

Destaque especial (já dava para ver pelo material promocional) a Jesuíta Barbosa. O ator escapa da mera imitação para entregar a energia do cantor de forma sincera e respeitosa, coisa que poderia escapar considerando que o biografado é extremamente performático.c

Ney Matogrosso em pessoa se mistura à narrativa ao aparecer em entrevistas e contesxtualizações, adicionando elementos de documentário ao longa.

Embora peque por escolher um olhar intimista demais para a própria época sob o olhar de seu protagonsita, “Homem com H” é uma jornada satisfatória pela vida de um dos nossos mais emblemáticos artistas

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Última atualização em: 1 de maio de 2025 às 15:33

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