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Wagner Moura se torna o primeiro brasileiro a vencer o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes

Kleber Mendonça Filho leva em melhor direção
Foto: Stephane Cardinale - Corbis/Corbis via Getty Images
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O Agente Secreto” segue fazendo história no encerramento do 78º Festival de Cannes. Concorrente brasileiro à Palma de Ouro de 2025, o longa de Kleber Mendonça Filho, rendeu ao ator baiano Wagner Moura o inédito Prêmio de Melhor Ator no encerramento. Em seguida O diretor Kleber Mendonça Filho também foi premiado, levando a estatueta de melhor direção. Desde Glauber Rocha que um diretor do país leva esse troféu.

Wagner está gravando outra produção e por isso foi representado na premiação pelo diretor, Kleber Mendonça Filho.

 A Palma de Ouro, principal troféu da noite, ficou com “A Simple Accident”, de Jafar Panahi.

Kleber Mendonça Filho recebe prêmio por Wagner Moura — Foto: Reuters

Ambientado em 1977, em plena ditadura militar, Wagner Moura interpreta em “O Agente Secreto” um cientista, responsável por um laboratório numa universidade pública de Pernambuco, que pesquisa energia. Ao desagradar um representante da indústria com ligações com uma empresa de energia, ele passa a ser perseguido, sob a ameaça de morte. Chega ao ponto se abrigar numa pensão que é definida como um lar para refugiados. Mesmo nessa condição, ele almeja sair do país com seu filho pequeno, ajudado pelo sogro projecionista (Carlos Franscisco) e por uma célula de resistência ao Poder instaurado, que tem a misteriosa Elsa (Maria Fernanda Cândido) como operativa.

O personagem marca um retorno em grande estilo do ator a produções feitas em solo brasileiro. Após dirigir “Marighella”, em 2019, o artista focou na carreira internacional,conseguindo reconhecimento de público e crítica em produções como “Narcos”, “Guerra Civil” e “Sergio”

A crítica internacional tem exaltado a atuação do brasileiro desde as primeiras impressões de “O Agente Secreto. Para o Next Best Picture, a produção “jamais funcionaria sem o magnetismo de Wagner Moura”. O veículo completa dizendo que o ator “comanda a tela com tanta presença que faz com que seja uma alegria assisti-lo”. O The Playlist classificou a atuação do brasileiro como “radiante” pela forma como ele “atravessa a raiva justificada, a indiferença carismática e, eventualmente, o comportamento contido” ao longo do filme.

O coletivo de juradas e jurados foi presidido pela atriz Juliette Binoche. Pouco antes da cerimônia, o thriller pernambucano ganhou o Prêmio da Crítica da Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci) e recebeu o Prix Des Cinémas d’Art et Essai. É um diploma que celebra o apelo do longa para o mercado arthouse (jargão para salas de cinemas de arte).

O Brasil em Cannes

Fernanda Torres foi a primeira atriz brasileira a ganhar Melhor Atriz em Cannes. Em 1986 ela venceu por por “Eu Sei Que Eu Vou Te Amar; em 2008, Sandra Corveloni repetiu o feito com Linha de Passe. Rodrigo Santoro, por Carandiru, em 2003; e Ricardo Teodoro, por Baby, em 2024 ganharam o Prêmio de Revelação.

Kleber Mendonça tem sido figura cativa no Festival. O cineasta esteve na França exibindo o curta “Vinil Verde”, em 2014, que passou na seção Quinzena de Cineastas. Foi indicado à Palma antes com “Aquarius”, em 2016, e com “Bacurau” (codirigido por Juliano Dornelles), que lhe rendeu o Prêmio do Júri, em 2019. Voltou ao balneário em 2023 com o ensaio documental “Retratos Fantasmas”, indicado ao troféu L’Oeil d’Or.

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Última atualização em: 24 de maio de 2025 às 16:01

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