O ator e cantor Seu Jorge revelou seu traje no filme “Geni e o Zepelim”, adaptação da música homônima composta por Chico Buarque em 1978 para a peça “Ópera do Malandro”. O artista dará vida ao Comandante, figura autoritária central na trama que promete reacender o debate sobre opressão e resistência.
A canção original, um marco da crítica social durante a ditadura militar, narra a história de Geni, uma prostituta violentada por uma cidade hipócrita, que a sacrifica em nome de um suposto “bem comum”. O filme expandirá essa alegoria, explorando a relação entre a protagonista, interpretada pelaa atriz Ayla Gabriela, e o Comandante, representante do poder brutal que comanda seu linchamento.

Reconhecido por performances intensas em “Cidade de Deus” (2002) e “Marighella” (2021), Seu Jorge promete trazer complexidade ao antagonista. “O Comandante não é um vilão caricato, mas a encarnação de um sistema corrupto que usa a moral como arma”, adiantou uma fonte próxima à produção. Há rumores de que o multitalentoso artista também participe da trilha sonora, mesclando novos arranjos à obra de Chico.
A história de Geni ressoa como metáfora atualíssima sobre violência institucional e marginalização. As filmagens terminaram nesta quinta-feira, 12.
O filme foi gravado em vários lugares das zonas urbana e rural do município, com elenco de apoio e figurantes locais. Gravações foram feitas no Rio Crôa, Bairro Miritizal, antigo Fórum, casa do ex-governador Orleir Cameli, presídio Manoel Neri, Praia da Boca do Môa e outros.