A Àbámodá, primeira Escola Livre e Gratuita de Moda, Arte e Cultura da Bahia, sediada em Cachoeira (BA), é uma das 68 organizações da sociedade civil convidadas a integrar o Encontro Nacional da Rede de Escolas Livres de Arte e Cultura, que acontece de 26 a 30 de maio em Fortaleza (CE).
O evento reunirá as Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura que estão em atividade e foram selecionadas, através do edital do Programa Olhos D’água, em 2023, pelo Ministério da Cultura e reunirá representantes de todas as regiões do país para intercâmbio de metodologias, saberes e experiências no campo da formação artística e cultural. A Àbámodá está entre as 9 escolas baianas selecionadas e é a única escola exclusivamente voltada à moda, destacando-se por seu trabalho pioneiro na promoção da moda decolonial e ancestral, aliando estética afro-indígena, identidade e impacto social.
“Participar deste encontro é muito mais do que estar presente em um evento nacional. É um gesto político de reconhecimento das nossas práticas, da nossa comunidade e das mulheres negras do Recôncavo. A Àbámodá é uma escola que nasce da urgência de pensar a moda como linguagem artística e como ferramenta de geração de renda, autoestima e transformação social”, afirma Luisa Mahin, coordenadora da escola.
Foto Janderson Meneses
Com uma proposta pedagógica centrada na ancestralidade afro-indígena e na transversalidade entre moda, arte, cultura e economia criativa, a Àbámodá atua com foco prioritário no público feminino negro e LGBTQIAPN+, oferecendo formação continuada e profissionalizante em design, costura e criação de coleções autorais com forte ligação identitária e territorial.
“As Escolas Livres são espaços vivos de invenção e de resistência. Esse encontro é um momento de confluência de saberes, onde a Abamodá vai poder compartilhar sua metodologia, aprender com outras experiências e seguir tecendo redes para o fortalecimento da educação cultural no país”, destaca Mahin.
