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Livro “Aqui jaz o que fomos”, de Higor Domingos, reúne ex-colegas de escola num funeral para sepultar traumas da adolescência

Drama se passa em apenas um dia enquanto os personagens lidam com o luto, confessam segredos e arrependimentos, e confrontam o impacto de suas ações passadas
Após uma morte precoce, cinco ex-colegas de escola, que nunca foram amigos e compartilham um passado conturbado, se reencontram no funeral

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Após uma morte precoce, cinco ex-colegas de escola, que nunca foram amigos e compartilham um passado conturbado, se reencontram no funeral. E assim a narrativa do livro “Aqui jaz o que fomos” se desenrola ao longo desta marcante ocasião, enquanto eles revisitam memórias de uma adolescência permeada por rivalidades, preconceitos e más escolhas. Escrita por Higor Domingos, sua obra de estreia está disponível no Kindle.

Entre os protagonistas estão três personagens negros, marcados por experiências distintas ao longo da adolescência. Guilherme, um jovem gay que cresceu enfrentando o racismo e a homofobia no ambiente escolar. Raquel, criada em um colégio elitizado e majoritariamente branco, e que foi levada a disputar espaços com meninas brancas para se sentir aceita — muitas vezes a fazendo abrir mão da própria identidade. E Hélio, que era o popular da turma, e só passou a se entender como um jovem negro depois, ao se afastar daquele grupo no qual precisou se diminuir para pertencer. Todos, à sua maneira, se vêem impactados pela partida repentina de Alana. “Neste dia marcante, surge a oportunidade de refletirem sobre quem eram, o que perderam e o que podem mudar a partir disso.”

Após uma morte precoce, cinco ex-colegas de escola, que nunca foram amigos e compartilham um passado conturbado, se reencontram no funeral
Capa

O reencontro com figuras do passado traz à tona segredos, arrependimentos e reflexões sobre os mecanismos de opressão que marcaram suas vivências. “O livro nasceu de uma angústia pessoal minha. Perder alguém tão jovem me fez considerar as reflexões que não fomos capazes de fazer na época da adolescência. Escrever foi a forma que encontrei de lidar com isso, dando vida a personagens que, assim como muitos, se sentiram invisíveis ou julgados por serem quem são”, compartilha o autor.

A narrativa se desenrola em um único dia, durante o funeral de uma ex-colega de turma — o que confere à história não apenas dinamismo, mas também uma carga dramática intensa. A trama começa no jardim do cemitério, passa pelo velório, o cortejo fúnebre, o sepultamento e o momento posterior, quando os personagens completam seus próprios arcos. “O funeral se torna um pano de fundo para conversas intensas e reflexões profundas sobre a vida e a morte. Quis explorar esses personagens justamente nessa data tão delicada, quando o futuro de alguém é subitamente interrompido e o que resta é a inconformidade e o passado”, reflete o autor.

Sendo assim, “Aqui jaz o que fomos” sensibiliza, questiona e emociona, provocando reflexões que podem ressoar para além das páginas.

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Última atualização em: 22 de abril de 2025 às 15:21

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