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Museu do Ipiranga recebe a terceira edição da ‘Jornada de Estudos: São Paulo colonial em perspectiva’ em junho 

Evento reúne 27 pesquisadores em três dias de programação e conta com performance da Orquestra Filarmônica da USP e do Coro Acadêmico da OSESP
O Museu do Ipiranga recebe a terceira edição do evento Jornada de Estudos: São Paulo colonial em perspectiva

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O Museu do Ipiranga recebe a terceira edição do evento Jornada de Estudos: São Paulo colonial em perspectiva, que será realizado nos dias 4, 5 e 6 de junho, no auditório do Museu do Ipiranga. O evento contará com a participação de 27 convidados de diferentes instituições. A programação se estende pelos períodos da manhã e da tarde, com inscrições gratuitas pelo site do Museu.
 

Organizada pelos docentes Maria Aparecida de Menezes Borrego (USP), José Carlos Vilardaga (Unifesp) e Alberto Luiz Schneider (PUC-SP), a jornada tem o objetivo de divulgar as investigações recentes sobre as antigas capitanias de São Paulo e de São Vicente.

Por meio de debates, o evento pretende superar heranças nacionalistas, regionalistas e ufanistas da interpretação historiográfica de São Paulo colonial, e compreender esse espaço no âmbito mais amplo dos Impérios português e espanhol, em seus contatos com a África e Europa moderna, dentro (ou fora) das monarquias ibéricas e católicas.

Os participantes também serão convidados a visitar as exposições Uma história do Brasil, Passados Imaginados, Casas e Coisas e Mundos do Trabalho, além da exposição temporária, que dialogam com as questões abordadas no evento. No primeiro dia, o público poderá assistir a uma apresentação conjunta da USP Filarmônica e Coros Acadêmico e Juvenil da OSESP com obras coloniais paulistas e de compositores e poetas dos BRICS..

Entrada Leste da cidade de São Paulo, no Panorama de São Paulo (1821) de Arnaud Julien Pallière (1784-1862) Divulgação

As mesas vão abordar temas como protagonismos indígenas e africanos; circulação de conhecimentos e artefatos; dinâmicas socioeconômicas e ambientais; fontes e arquivos; representações e memórias e lançamentos editoriais. O encerramento será marcado pelo lançamento de livros e momento de autógrafos com autores.

Confira a programação:

ABERTURA| 4/6, quarta-feira, às 9h30

VISITA MEDIADA | 4/6, quarta-feira, 10h às 12h30

Visita mediada às exposições do Museu do Ipiranga.

APRESENTAÇÕES MUSICAIS | 4/6, quarta-feira, 14h às 15h

USP Filarmônica

Fundada em 2011, a USP Filarmônica é integrada por estudantes de graduação da USP nos seus quadros de bolsistas, cumprindo as atividades fim de ensino, pesquisa e extensão da universidade pública, atuando ainda com professores, funcionários, ex-estudantes egressos do Curso de Música da USP em Ribeirão Preto e artistas convidados. Rubens Russomanno Ricciardi (maestro principal) e José Gustavo Julião Camargo (maestro assistente) atuam na direção artística, buscando a inovação dos repertórios com a reconstrução de memória e os exercícios de contemporaneidade, num contraponto entre o antigo e o novo, o clássico e o experimental, o regional e o cosmopolita. A USP Filarmônica se dedica, em especial, à música brasileira de todos os tempos – quase sempre fruto das pesquisas do NAP-CIPEM do Departamento de Música da FFCLRP-USP. Apresentando-se regularmente nas suas sedes em Ribeirão Preto e São Carlos, todos os concertos e récitas de óperas e balés sinfônicos da USP Filarmônica são gratuitos e abertos ao público em geral.

Coro Acadêmico da OSESP

Fundado em 2013, com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, a Classe de Canto oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico e orientação em técnica vocal. Numa convivência cotidiana, o Coro Acadêmico se apresenta também em conjunto com os profissionais do Coro da OSESP e da OSESP no palco da Sala São Paulo. Desde 2021, o curso oferece o certificado válido em território nacional de Curso Técnico Profissionalizante em Canto.

PALESTRA | 4/6, quarta-feira, 15h30 às 16h30
Intermediários em São Paulo colonial
com Alida Metcalf (Rice University)

Uma maneira proveitosa e instrutiva de se engajar com a história da São Paulo colonial é de pensar no movimento de indivíduos entre os diferentes espaços que foram fundamentais para a criação de uma colônia: os espaços da vila, do reino, e do sertão. Esses espaços, que demostro em meu livro Família e fronteira, foram essenciais para as estratégias das famílias na vila colonial de São Paulo, Santana de Parnaíba. Conforme descrito em meu livro Intermediários na colonização do Brasil, os intermediários podem ser físicos, transacionais e de representacionais. Os intermediários físicos passavam entre esses espaços geográficos—do reino de Portugal, às vilas na colónia, e aos sertões. Os intermediários transacionais, por outro lado, ocupavam um espaço cultural; pois eram as línguas—pessoas culturalmente híbridas—que facilitavam a colonização, especialmente no contato com grupos indígenas nos sertões. Os intermediários representacionais, por seu lado, eram aqueles que descreviam a colonização por meio de escritos, mapas e interpretações de eventos. Talvez o mais famoso intermediário de São Paulo colonial tenha sido Hans Staden. Um intermediário físico e transacional, ele também foi um poderoso intermediário representacional quando escreveu seu livro História Verdadeira em 1557. Mais do que qualquer outra publicação, o livro de Staden influenciou as perspectivas do Brasil na Europa, e criou tropos que perduram até hoje. Ao enfocar os intermediários e os espaços da vila, do reino e do sertão, esta palestra propõe novas formas de conceituar São Paulo colonial.

Alida C. Metcalf é professora titular de História na Universidade Rice. Ela é autora de Mapping an Atlantic World, circa 1500 (Johns Hopkins, 2020), Os papéis dos intermediários na colonização do Brasil (Editora da Unicamp (2019), The Return of Hans Staden: A Go-between in the Atlantic World, em coautoria com Eve M. Duffy (Johns Hopkins 2012), e Família e fronteira no Brasil colonial: Santana de Parnaíba, 1580-1822 (Editora da Unesp, 2024). Com Farès el-Dahdah, desenvolveu o projeto digital imagineRio, que mapeia e ilustra a evolução social e urbana do Rio de Janeiro de 1500 até os dias atuais.

MESA 1 | 5/6, quinta-feira, 9h às 11h30

Protagonismos indígenas e africanos
Com Casé Angatu, Marianne Sallum, Gustavo Velloso e Ricardo Alexandre Ferreira
Mediação de David Ribeiro (USP)

Casé Angatu (UESC) apresenta “Presenças indígenas na formação de Piratininga e em alguns de seus arredores: ‘vestígios’ de protagonismos invisibilizados”

Mesa 2 | 5/6, quinta-feira, às 13h  
Circulação de conhecimentos e artefatos  
Com Amilcar Torrão, Gisele Cristina Conceição, Jean Gomes de Souza e Breno Leal Ferreira 
Mediação José Rogério Beier (USP) 

Mesa 3 | 5/6, quinta-feira, às 15h30 
Dinâmicas socioeconômicas e ambientais  
Com Phablo Fachin, Anicleide Zequini, Francisco de Carvalho Dias de Andrade, Denise Moura e Nelson Aprobato Filho 
Mediação José Carlos Vilardaga (Unifesp) 

Mesa 4 | 6/6, sexta-feira, às 9h30 
Fontes e arquivos 
Com Andréa Slemian, Aldair Rodrigues, Rafaela Basso, Juliana Gesuelli Meirelles 
Mediação Francisco de Carvalho Dias de Andrade (USP)

Mesa 5 | 6/6, sexta-feira, às 13h 
Representações e memórias  
Com José Rogério Beier, Ana Paula Nascimento, Fabrízio Franco, Raphael Fernando Amaral 
Mediação Alberto Schneider (PUC-SP)

Mesa 6 | 6/6, sexta-feira, às 15h30 
Lançamentos editoriais  
Com Walter Mesquita Barroso, Marília Tofanetto, Maria Aparecida de Menezes Borrego, Igor Renato Machado Lima 
Mediação Maria Aparecida Borrego (USP) 

PALESTRA DE ENCERRAMENTO | 6/6, sexta-feira, às 16h30 
São Paulo na construção da (memória) da Independência do Brasil 
Com Cecília Helena de Salles Oliveira (Museu Paulista – USP)  

AUTÓGRAFOS | 6/6, sexta-feira, às 17h30

SERVIÇO

III Jornada de Estudos: São Paulo colonial em perspectiva

4, 5 e 6 de junho
Auditório do Museu do Ipiranga, piso jardim

Entrada gratuita para este evento

Intérprete de Libras

Inscrições abertas até 25/5 neste link.
Os participantes receberão certificado da USP

Museu do Ipiranga

Endereço: Rua dos Patriotas, 100

Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última entrada às 16h).

Bilheteria a partir das 9h.

Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

Gratuidades: Quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca para públicos específicos. Confira mais informações: Link

Transporte público: De metrô, há três estações da linha 2 (verde) próximas ao Museu, Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada), Santos-Imigrantes (25 minutos a pé) e Sacomã (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).

Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompeia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).

 

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Última atualização em: 12 de maio de 2025 às 16:44

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