O Brasil está preparado para dar voz a corpos gordos? A gordofobia está aí para responder essa pergunta, pois a sociedade não está humanizada o suficiente para desconstruir padrões que consideram ideais. Diante de todo aspecto social que envolve esse tema, o Sesc Mogi das Cruzes finaliza o mês da mulher com uma série para sensibilizar o público diante desse assunto, com linguagens diversas que atravessam essa temática de forma transversal pela prática esportiva, música, dança e bate papo.
Em que medida a sociedade invalida a existência de pessoas gordas? Medidas, valores e padrões contribuem para a construção de uma sociedade gordofóbica? Como cada um de nós pode atuar no enfrentamento à gordofobia? A pesquisadora, professora e comunicadora Agnes Arruda, que participa de um bate-papo nos ajuda a refletir sobre essas questões. Além dela, uma variada programação em dança, show, ioga e outras vivências promete ajudar o público a rever conceitos e o próprio olhar.
Vivência
Esporte Antigordofobia
com Ellen Valias
Dia 25, terça, às 19h
Bate papo seguido de vivência de corrida. Ellen é ativista, atleta amadora, escritora, Criadora do perfil @atleta_de_peso e fundadora do grupo @rachaobasquetefeminino e virá propor uma temática que adote uma abordagem inclusiva e de respeito à diversidade dos corpos, além de realizar uma vivência de corrida entre as pessoas participantes.
Bate-papo
Enfrentamento à Gordofobia: Raízes Sociais e Impactos.
com Agnes Arruda, professora e pesquisadora.
Dia 26, quarta, às 19h30
Enfrentamento à gordofobia: Raízes Sociais e Impactos com Agnes Arruda, jornalista, professora e pesquisadora.
Atuante na promoção da diversidade e inclusão, Agnes vem propor reflexões sobre a gordofobia. A conversa propõe uma análise crítica sobre padrões estéticos e de exclusão dentro de seu foco de estudo que está na valorização de culturas marginalizadas e na luta antigordofobia.
Show
Ana Cigarra – Vozes de Peso
Dia 27, quinta, às 20h
A show celebra grandes artistas com vozes marcantes e corpos gordos. Do Soul do Tim Maia ao samba de Alcione, do groove de Ed Mota ao feeling de Fat Family, trazendo também músicas autorais que tratam do empoderamento feminino e contra relacionamentos abusivos
A cantora e compositora Ana Cigarra completou 20 anos de carreira em 2024. Participou de programas em todas as principais emissoras de TV do país, sendo o The Voice Brasil o que trouxe maior projeção.
Dança
com Júlia Del Bianco
Dia 28, sexta, às 20h
Júlia Del Bianco é Mestranda em Artes da Cena pela UNICAMP, formada em Dança pela UNICAMP (bacharel e licenciatura), bailarina profissional, professora de dança. Júlia pratica e ensina várias técnicas de dança como Ballet, Jazz e Contemporâneo. Possui outras formações como Pilates e no método Ivaldo Bertazzo. Também é modelo e criadora de conteúdo digital, sendo referência na área da dança na luta antigordofobia.
Na atividade haverá a apresentação solo tradicional de Ballet Clássico de Repertório “A Morte do Cisne” coreografia original de Mikhail Fokine, com adaptação da bailarina Julia Bel.
Aula aberta de Yoga
com Vanessa Joda
Dia 30, domingo, às 10h
A atividade promove a diversidade e inclusão de diferentes corpos na prática de yoga, com posturas alternativas para que todos os corpos possam praticar, acolhendo e mostrando que yoga é uma ferramenta de autoconhecimento e autocuidado para todas as pessoas. Vanessa Joda é professora de yoga desde 2015 e praticante desde 2012, militante gorda, estudante de educação física, da yoga e do corpo gordo. Criou em 2016, o projeto/escola Yoga Para Todes, plataforma a partir da qual desenvolve ações de democratização e valorização da diversidade dos corpos por meio da hatha yoga.
Show
Preta Rara – Aquecimento Audácia 10 anos
Dia 30, domingo, às 16h
Preta Rara é Rapper, historiadora, turbanista e escritora, celebra seus 18 anos de trajetória no rap e uma década do icônico álbum Audácia. A Rapper sobe ao palco com este show especial: Um esquenta para a grande celebração do disco que marcou sua carreira e revolucionou a cena com letras afiadas, batidas marcantes e um discurso potente sobre vivências negras, feminismo e resistência. No show, a cantora revisita as faixas de Audácia, trazendo novas roupagens para algumas músicas e conectando passado e presente em um repertório que reafirma sua identidade artística.