O bairro do Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro, foi palco de uma celebração especial no sábado, 26 de abril, marcando a inauguração oficial do estúdio Walkabout. O evento reuniu uma eclética mistura de artistas, empresários, amigos e imprensa para brindar o espaço que, embora já em operação há dois anos, oficializou sua chegada com a energia contagiante que define o projeto.
Fruto da união entre o executivo britânico com vasta experiência internacional, Christopher Moore, e o aclamado produtor musical e saxofonista, Glaucus Linx.
Moore, após se aposentar como CEO da Domino’s Pizza no Reino Unido, decidiu retomar sua paixão pela música, mas esbarrou no “bloqueio tecnológico”. A solução veio ao encontrar Glaucus Linx. “Eu tinha parado de trabalhar […] mas eu tive um bloqueio tecnológico”, conta Chris. “Aí encontrei com o Glaucus […] Ele começou a me ensinar […] Aí começamos a fazer uma música juntos.”


Dessa colaboração inicial, floresceu a ideia de um estúdio que resgatasse a “mágica” da gravação analógica, sem abrir mão das facilidades digitais. “A gente não deixa de ser analógico,” afirma Glaucus. “A gente insiste no analógico. O digital complementa o criativo”. Chris reforça: “O digital é para facilitar, não para criar.” Essa abordagem se traduz em equipamentos de ponta, incluindo uma tecnologia inovadora que permite controlar hardware analógico remotamente pela internet.
Com um portfólio que já abrange 11 projetos em gêneros como bossa nova, rock and roll, soul music, instrumental, eletrônica, hip-hop e metal, o estúdio Walkabout prima pelo rigor estético e pela parceria genuína com o artista. “Quando o artista realmente sabe o que quer a gente vai junto com ele, a gente mergulha com ele”, detalha Glaucus sobre o processo de curadoria, evidenciando o ambiente acolhedor e de imersão criativa que o estúdio proporciona.
Chris Moore concorda e adiciona a palavra-chave: “A persistência que faz a diferença. Você tem que ter um objetivo, aí você persiste naquilo.”
O nome do espaço, “Walkabout (algo como “andar por aí” em português), é uma tradução literal e bem-humorada para “Andaraí”, que reflete a leveza da dupla, que busca um ambiente profissional, mas sem a “pressão criativa” excessiva.