A cada novo trabalho fica difícil rotular que tipo de som faz a big band paulistana Bixiga 70. Conhecida por seu estilo único, a banda formou-se em 2011, a partir da união de vários músicos já conhecidos da cena paulistana, e que participavam de projetos desenvolvidos no estúdio Traquitana, localizado no coração boêmio do centro de São Paulo. Vindos das mais variadas frentes musicais, juntaram-se membros que acompanham ou integram diversos grupos e artistas como Rockers Control, Projeto Coisa Fina, Alzira E & Corte, Atønito, entre outros, para explorar o território de fusão da música instrumental africana, latina e brasileira em composições próprias e versões de artistas brasileiros como Luiz Gonzaga, Pedro Santos e Os Tincoãs. Nos dias 9 (sexta) e 10 (sábado), o Sesc Pompeia será palco da celebração de 15 anos da trajetória do grupo.
O nome Bixiga 70 está ligado ao endereço do estúdio onde o conjunto nasceu: o número 70 da rua Treze de Maio. Considerado por muitos como o berço do samba paulistano, o bairro do Bixiga também hospeda e alimenta a imaginação desses nove músicos que buscam estreitar os laços entre o passado e o futuro através de uma leitura da música cosmopolita de países como Gana e Nigéria, dos tambores dos terreiros, da música malinké, da psicodelia, do dub e de uma atitude despretensiosa e sem limites para o improviso e a dança.
O primeiro álbum do grupo, “Bixiga 70 – I”, lançado no fim do ano de 2011 foi aclamado por público e crítica, figurando nas principais listas de melhores discos do ano em diversos veículos nacionais.
No ano de 2014, a big band ganhou, na categoria “Revelação”, o 25º Prêmio da Música Brasileira e retornou de mais uma turnê internacional, “Ocupaí”. Desde então, a carreira internacional da banda se consolidou. O Bixiga 70 se tornou uma banda bastante relevante no cenário global de World Music com apresentações marcantes pelos cinco continentes, e pelos principais festivais de música do mundo.
Esse espaço internacional conquistado levou os trabalhos de estúdio seguintes a serem lançados por selos internacionais. O segundo disco da banda, “Bixiga 70 – II”, foi lançado em 2013 pelo selo +1 Discos, de Londres, e os três álbuns seguintes – “Bixiga 70 – III” (2015), “Quebra-Cabeça” (2018), e Vapor (2023), todos pelo selo alemão Glitterbeat (eleito pelo Womex o selo mais importante de World Music), inclusive o álbum de remixes “Copan Connection: Bixiga 70 Meets Victor Rice” (2016).
Desde o processo de composição e gravação desse álbum mais recente, Vapor, o grupo passa a contar com uma nova formação, enriquecendo ainda mais o caldeirão que constitui a sonoridade da banda. Novos apontamentos, novos timbres, e uma abordagem mais voltada à sonoridade da música brasileira contemporânea, ampliam o leque de possibilidades para a construção do diálogo entre os elementos que constituem o trabalho da banda.
A banda Bixiga 70 hoje é composta pelos músicos: Marcelo Dworecki (baixo), Cris Scabello (guitarra), Pedro Regada (teclados), Amanda Teles (percussão), Valentina Factory (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Verano (trompete).
Serviços:
Local: Sesc Pompeia
Dias: 9 (sexta) e 10 (sábado) de maio
Horário: 21h
Valor dos ingressos: R$18 (credencial plena) / R$30 (meia entrada) / R$60 (inteira)
Vendas nas unidades e no https://www.sescsp.org.br/programacao/bixiga-70-2/