Em Vinho, novo álbum do rapper carioca Delacruz, os fãs conferem uma nova faceta do artista, com um olhar mais maduro sob uma mescla de sonoridades entre o Neo Soul, R&B e Rap. O paralelo entre os dois mundos chega de forma descontraída ao passo em que o artista resgata reflexões sobre toda sua trajetória ao longo de oito novas canções, que reúnem as participações de IZA, MC Cabelinho, Gaab e Lukinhas. Após alcançar mais de 1,5M de plays em 48 horas com o single “Afrodite”, sua parceria com a cantora IZA, Delacruz apresenta o novo projeto completo, acompanhado de audiovisual em várias faixas com direção de Philippe Rios e um clipe da faixa foco – Último Romântico.
“Desde o meu último álbum, a gente tem investido mais em uma estética de banda, com muitos instrumentos e o peso da bateria. Para esse, focamos mais em arranjo e tudo que podia ser feito de musicalidade, com um olhar pela simplicidade”, afirma o artista. As músicas que integram o novo álbum se encontram no teor simples em acordes, em lírica e na estética, como ele complementa: “Por isso o nome Vinho, por trazer essa maturação, mostrando uma versão minha mais maduro, e uma musicalidade somente com o necessário”.
A segunda faixa da tracklist, “Para de Falar”, traz Gaab em uma mistura de referências das sonoridades de Rodriguinho (especialmente no hit “Para de Falar Tanta Besteira”) com o cantor jamaicano Masego.
MC Cabelinho, por sua vez, chega para somar em “Ciúme Bobo” – faixa que sucede o interlúdio “Se Quiser Voltar”. “Todas as vezes que nos encontramos por aí em estúdios, eu e o Cabelinho nos ajudamos, é uma história de troca de longa data”, resume Delacruz. “Tão Bem” é a música mais antiga do álbum. “Ela estava selecionada para o meu último álbum, mas amadureci ela para o Vinho. Trouxe uma musicalidade diferente, tenho um carinho especial por ela. Ela tem som de sax, metais, que traz essa nova roupagem”. “Perdendo o Juízo” traz uma nova versão da canção original de Flora Matos, lançada em 2017, e integra a tracklist junto de “Só Por Hoje”, com um flow melódico com funk.
“O álbum tá bem a minha cara, com uma vibe violão, lovesong, um conceito de beat, um pouco mais eletrônico, muito teclado, além de muita potência de voz”, afirma Delacruz. Com produção de JOK3R, Vinho trouxe o também tecladista na ideia de se aprofundar nesta sua faceta mais instrumentista, com uma nova roupagem. “Preservei a essência mas trouxe um pouco desse desafio de uma coisa diferente, novo. O álbum está bem equilibrado. Estou feliz”, diz Delacruz.