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Dina Di: Há quinze anos, saía dos palcos da vida a eterna rainha pioneira do rap brasileiro

Dina Di: Há quinze anos, saía dos palcos da vida a eterna rainha pioneira do rap brasileiro

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Há 15 anos, uma das grandes expoentes do rap brasileiro morria. Viviane Matias, conhecida como Dina Di, foi uma das primeiras mulheres do Brasil a ganhar notoriedade no rap. Ela partiu dos palcos das rimas da vida no dia 19 de março de 2010,  vítima de uma infecção hospitalar adquirida por complicações no parto da segunda filha, Aline.

Se hoje temos Se hoje temos Negra Li, Karol Conka, Ajulia Costa, MC Soffia, Duquesa, Budah e tantas outras, foi porque antes existiu Dina Di, que desbravou os caminhos do rap para as mulheres em um tempo que a resistência à presença feminina no hip hop brasileira era muito maior.

Em razão de seu aniversário de nascimento de 46 anos, em 19 de fevereiro de 2022, o Google a homenageou como personagem doodle do dia, renovando para milhares de fãs a memória da rapper. Criolo a cita na icônica faixa Sucrilhos: “Eu sou nota 5 e sem provoca alarde/ Nota 10 é Dina Di DJ Primo e Sabotage”, canta o paulistano.

Dina Di nasceu em Campinas (SP), em 1976. Aos 13 anos, ganhou o apelido pelo qual ficou conhecida, vindo das ruas da cidade, onde já frequentava os eventos de hip hop e posteriormente fundando o grupo Visão de Rua, onde passou a relatar o dia a dia das periferias de uma grande cidade.

Em um universo machista como o rap, Dina Di conseguiu a proeza de vencer prêmios importantes da época, a exemplo do importante prêmio Hutúz, criado pela Central Única das Favelas (Cufa). A artista venceu em 2000, 2001 e 2009 na categoria “Melhor grupo ou cantora solo feminina”.

“[Dina] contava em suas letras, de uma maneira franca e direta, a dura rotina que levava, representando em seus versos e rimas milhares e milhares de mulheres. E tragicamente morreu no auge de ser mulher, após dar à luz uma vida” – Negra Li

Paula Fernanda, a Tum, parceira de Dina no Visão de Rua, relatou ao g1 que os talentos musicais da artista foram manifestados ainda na infância. Antes da carreira no rap, Viviane também tocava violão. “Durante algumas conversas, quando tinha um violão, a Vivi pegava para tocar e a gente cantava com ela. Às vezes quando não tinha o instrumento, usávamos o rádio e acompanhávamos os sons dali”, recordou.

Agregadora, Dina Di reuniu em volta de si as minas que curtiam a cultura hip hop de Campinas para fazer girar a roda do rao protagonizado por mulheres.

Na música “Meus filhos, minhas regras”, Dina Di relata a experiência de ser mãe de Lucas, seu primeiro filho. lançada em 2001. Hoje, Lucas tem 28 anos hoje.

Dina Di deixou quatro discos lançados: Periferia é o Alvo (1997), Herança do Vício (1998), Ruas de Sangue (2001),, A Noiva do Thock (2003), O Poder nas Mãos (2007). Em todos, ela colocou o coração para fora, falando sobre maternidade, ausências, dores, a vida de mulheres em presídios femininos. Viviane teve a mãe foi assassinada durante sua juventude, experiência que retratou na faixa Amor e ódio. Na adolescência, ficou detida na antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem).

Não podemos esquecer jamais da rainha do rap brasileiro, grande Dina Di. As novas gerações deveriam conhecê-la.

Dina Di: Há quinze anos, saía dos palcos da vida a eterna rainha pioneira do rap brasileiro

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Última atualização em: 21 de março de 2025 às 2:07

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