Há mais de cinco anos, a MangoLab se apresenta como laboratório cultural e vitrine artística do Rio de Janeiro para todo o país. Para coroar uma nova proposta dentro deste compromisso, a MangoLab apresenta agora o projeto Tudo Nosso, em que reúnem 10 artistas do Norte e do Nordeste no Rio de Janeiro, com o objetivo de fomentar o acesso e a conexão desses artistas com o mercado musical do Sudeste. E, desde sua estreia, o grupo formado por Amun Há, Anna Suav, Ciel, Jadsa, Jennify C., MC Super Shock, Mestre Damasceno, Naieme, Núbia e Vanessa Melo não para de fazer sucesso.
A partir deste encontro foi realizada a gravação de 5 faixas em estúdio, com direito a live sessions e, por fim, um showcase destinado a profissionais do mercado musical na intimista casa de show carioca Manouche. Ao todo, foram mais de 100 profissionais do mercado da música – artistas, empresários, curadores e produtores musicais – reunidos para prestigiar canções do repertório autoral de cada integrante. Após o showcase, o projeto Tudo Nosso realizou ainda o show de abertura para o grupo Los Sebosos Postizos, em uma noite de sold out em um dos palcos mais icônicos do Brasil, o Circo Voador.
“Esse é um projeto que resgata o DNA da Mango, um trabalho que visa dar palco a artistas e ampliar as possibilidades de interlocução para narrativas tão importantes para nossa concepção de música brasileira e cultura nacional. A partir de Janeiro os lançamentos saem pelo nosso selo e canal de YouTube; ficamos muito honrados em fazer parte disso”, afirma Eduardo Sena, CO-CEO da MangoLab.
SOBRE OS INTEGRANTES
Jadsa
Cantora, compositora, guitarrista, produtora e diretora musical, Jadsa é uma artista baiana que mescla influências da MPB, rock, blues, neo-soul e jazz, criando um som autêntico. Inspirada por Gal Costa, Gilberto Gil, Elis Regina, Jimi Hendrix, além da vanguarda paulista de Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé, Jadsa é considerada uma das grandes revelações da música brasileira contemporânea.
Naieme
Com raízes na Ilha do Marajó e uma forte conexão com a cultura afro-indígena da Amazônia que transparece no seu estilo musical, a cantora e compositora de Belém traz em seu trabalho a riqueza e a diversidade sonora da região. Tambores, maracás, sons da floresta ligados a sintetizadores e música orquestral é o que representa essa artista que surge do coração da Amazônia.
Ciel
Cantor, ator e bailarino, Ciel é um furacão pernambucano que invade os palcos com uma explosão de ritmos. Sua arte, uma celebração tropical, transborda identidade queer e mescla diversas influências. Sua sonoridade e performance se apoiam no mundo Queer e na pluralidade de ritmos, estéticas e cores da cultura popular nordestina, uma celebração aos festejos e manifestações do seu povo.
Amun Há
Nascida no Rio de Janeiro e enraizada em Pernambuco, Amun Há fez história ao se tornar a primeira travesti a lançar um álbum de Brega Funk. Seu trabalho faz uma fusão envolvente de Bregadeira, Brega Romântico e pop, demonstrando versatilidade musical e uma identidade original. LGBTTI+. Em 2019 lançou sua primeira música nas plataformas digitais, “Quem Vai Salvar?”, uma mistura de arrocha, reggae, brega e dub que traz em sua letra conteúdo antiproibicionista e evoca liberdade dos corpos, suplicando pelo fim do extermínio das populações não hegemônicas.
Núbia
Cantora e compositora maranhense que do Reggae Roots ao dub, com timbre e sonoridade única, entoa músicas que abordam a influência sociocultural do reggae jamaicano no Maranhão. Com nove anos de trajetória, sustentando um estilo único, a compositora traz para o show uma mistura entre o sabor do reggae roots, ritmo jamaicano marcante na cultura maranhense , atrelado a outras vertentes como dub, ska, rocksteady, ragga, elementos jazzísticos com soul e R&B.
MC Super Shock
Com um nome que já sugere transformação e impacto, o artista utiliza o hip-hop como ferramenta para promover a cultura da Amazônia. Ao longo de mais de uma década na cena, o MC se consolidou como um dos principais representantes da nova geração de artistas do Norte. O MC mostra o Rap conectado a elementos nortistas, principalmente instrumentos percussivos que acentuam a autenticidade dos ritmos amazônicos.
Jennify C.
A potiguar é uma das personalidades da cena eletrônica do Rio Grande do Norte. Produtora musical, beatmaker, rapper, dj e performer, Jennify lançou “atmosfera”, álbum que transita entre o rap, trap e o pop alternativo. Com sonoridade eletrônica bem alicerçada, presença de palco e narrativa potente, seu trabalho combina a essência do hip hop, do house e da cultura ballroom, elementos centrais na trajetória da artista.
Anna Suav
Conhecida por suas letras impactantes que abordam questões sociais, raciais e de empoderamento feminino, especialmente focando na realidade das mulheres negras e latinas da Amazônia. Anna Suav é cantora, compositora, MC, poeta e produtora audiovisual e cultural. De forma independente, sua carreira começou em 2017 como idealizadora do projeto de poesia marginal feminina Slam Dandaras do Norte, primeiro grupo de slam da região Norte, o que lhe deu o pontapé compor seu primeiro single, “Desafogo” (2018).
Vanessa Melo
Clarinetista, cantora e compositora, ela redefine os limites entre os gêneros musicais, criando uma sonoridade singular que reflete sua identidade artística. De Salvador, Iniciou seus estudos musicais na Sociedade Filarmônica Oficina de Frevos e Dobrados, sob a batuta do maestro Fred Dantas. Um ano depois ingressou no curso técnico de música no Colégio Deputado Manoel Novaes. No ano seguinte passou a fazer parte do projeto NEOJIBA, onde atuou por sete anos como clarinetista e monitora de educação musical. É graduanda em Clarinete pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em 2019, foi artista convidada pelo Sonora Brasil (SESC) para realizar turnê nacional com o grupo Líricas Negras, projeto este que fomenta a divulgação e reprodução do repertório de compositoras negras brasileiras.
Mestre Damasceno
Cantor, compositor e diretor artístico, é uma referência na cultura paraense. Criador do Búfalo-Bumbá, um rico folguedo junino inspirado no auto do boi, e mestre de carimbó, possui uma vasta contribuição para a música brasileira. Atua na cultura popular desde os 19 anos, mesma idade em que se tornou pessoa com deficiência visual devido a um acidente de trabalho. Atualmente Mestre Damasceno está com 69 anos e segue fazendo o seu carimbó, com o grupo Nativos Marajoara.