A Orixás Produtora possui Rita Ramos e Marcelo Oliveira como idealizadores, e a ideia nasce da pretensão dos empresários em mostrar um pouco da sua fé e religião através da música. Ambos são adeptos da religião Umbanda, e através da produtora, promovem artistas da música urbana.
Mesmo com pouco tempo de criação “Orixás”, já conta com um catálogo de cantores e influenciadores adeptos às religiões de matriz africana. As metas programadas da produtora são, além de lançar músicas que inserem a religião no cotidiano do ouvinte, também divulgar pontos cantados para serem usados em terreiros, produzidos junto a projetos audiovisuais, como stand-ups, podcast e palestras desmistificando preconceitos sobre tais religiões. “Nosso ideal é desmistificar as religiões de matriz africana por meio da arte” , explicam.
Um dos artistas lançados pelo selo é Tito JV, rapper que começou sua trajetória na música aos 13 anos, em 2009, cantando funk. Em 2015, ele migrou pro Rap Gospel, onde ficou até 2017, nessa época, fez show em diversos eventos sociais, shows convidado pela prefeitura e apresentações na televisão e internet. Em 2017, Tito seguiu o RAP, começou a frequentar batalhas de rimas, foi o maior campeão na Batalha do Grajaú Rap City, virou Rei do lado sul, que englobava todos os bairros da zona sul de São Paulo, ganhou a batalha da Red Bull, vice campeão na copa paulista de Freestyle, e também acumulou
algumas vitórias na batalha do Santa Cruz, uma das mais conhecidas de São Paulo.
Em “Bença Vó Bença Vô”, Tito JV homenageia as falanges de pretos velhos com a letra onde evoca um chamado espiritual e ancestral, invocando um canto forte que busca iluminar e guiar o caminho dos envolvidos.

Dandara “Dandy Ouro” Marques Silva, natural de Montes Claros (MG), é uma cantora e compositora que traz em sua arte a força e a beleza da cultura afro-brasileira. Desde os 9 anos de idade, a música se faz presente em sua trajetória, quando iniciou seus estudos musicais no conservatório local, aprendendo violão e cavaquinho. Aos 15 anos, a paixão pela percussão a levou a integrar bandas de samba rock, pagode e axé, além de participar ativamente de grupos folclóricos de sua cidade.
Com “Rosa Caveira”, não apenas cria uma peça musical envolvente mas também educa e inspira através da exploração de temas profundos de fé, identidade e transformação pessoal. “Laroyê Dona Rosa, Laroyê Rosa Caveira” é uma saudação litúrgica usada para reverenciar a pomba gira, expressando respeito e reconhecimento de sua importância dentro do terreiro. Essas expressões são fundamentais na prática da Umbanda, onde a música e o canto são formas essenciais de comunicação com o espiritual.
“Dandy Ouro”, nome artístico que carrega a força do apelido de infância e a intuição da espiritualidade, representa a união entre a identidade pessoal e a missão artística de Dandara. Com o apoio incondicional de sua família, que sempre respirou música, Dandy Ouro segue sua trajetória artística, levando ao público a riqueza da cultura afro-brasileira através de sua voz e talento. Seu último lançamento é “LÁ NA PORTEIRA EU DEIXEI MEU SENTINELA / VOCÊ DE LÁ E EU DE CÁ”