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Pop amazônico da paraense Melissandra ganha mais contornos no álbum “MAPARÁ”

Pop amazônico da paraense Melissandra ganha mais contornos no álbum "MAPARÁ"

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No dia 13 de junhoMelissandra lança MAPARÁ, seu terceiro álbum de estúdio, pela gravadora Guamaense Produções. Assinando a direção geral, produção e concepção, a artista paraense entrega um disco marcado por experimentação estética, narrativa transcentrada e uma mistura potente de sonoridades amazônicas, urbanas e ancestrais. 

O álbum é guiado pela história de A NIK LAMENTO, personagem criada por Melissandra e Htadhirua (diretora de arte e criativa do projeto), inspirada nas encantarias da Amazônia: NIK LAMENTO, mulher travesti que foi perseguida e morta no período da colonização brasileira pela Companhia dos Padres Jesuíticos. Foi condenada pela lei da inquisição por bruxaria, sodomia e práticas de magia. Foi queimada viva e suas cinzas espalhadas nas águas que rodeiam Belém, para que nunca pudesse retornar. Nas águas, NIK é encantada no peixe MAPARÁ. Na encantaria, NIK se torna patrona das mulheres e se comunica com o mundo mortal através do MAPARÁ, onde reza a lenda que durante a noite, se tu comeres um Mapará, uma mulher irá até a porta da sua casa e bater quatro vezes, te perguntando “Me diga, qual teu lamento?”.

Falar sobre uma mulher que foi morta durante a inquisição no Brasil no território amazônico, evoca discussões pertinentes e presente até os dias atuais como a exploração dos recursos naturais, a venda, rapto e estupro de crianças indígenas no comércio das grandes madeireiras, o assassinato de tantas lideranças de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas no interior do estado. Porque sobretudo são essas mulheres que até hoje enfrentam lutas pela defesa do seu corpo e do seu território”, explica Melissandra. “Não é exatamente que vai além, mas os dois discursos estão imbricados um ao outro de forma que não se dissociam. A luta de gênero também perpassa a luta pelo território se tratando de região amazônica por causa dos contextos políticos desenrolados ao longo dos anos aqui. Tentamos retratar esses aspectos em uma parte do photoshoot do disco, onde podemos perceber NIK presa em uma rede de pesca cheia de lixos.”

A obra é dividida em dois lados. O Lado A (faixas 1 a 5) mergulha no funk e no rap, refletindo os desejos, dores e vivências de NIK em carne mortal. O Lado B (faixas 6 a 12) representa sua divinização, com sonoridades regionais como o brega, o carimbó e o côco, abrindo espaço para mensagens de cura, encantamento e vitória travesti.

No dia 14 de junho, ela apresenta de forma gratuita o espetáculo MAPARÁ: A Voz Transcestral na festa Quadrilha Fogo no Rabo, que este ano está em sua 25ª edição.

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Última atualização em: 13 de junho de 2025 às 17:47

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