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Sly Stone, gênio visionário do funk e arquiteto da música moderna, morre aos 82 anos

Compositor de hits dos anos 1960 e 1970 como ‘Everyday people’ e ‘Dance to the music’ morreu por causa de doença pulmonar obstrutiva crônica e outros problemas de saúde.
Sylvester Stewart, conhecido como Sly Stone, lendário cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista que revolucionou a música popular como líder da Sly and the Family Stone, faleceu nesta segunda-feira

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Sylvester Stewart, conhecido como Sly Stone, lendário cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista que revolucionou a música popular como líder da Sly and the Family Stone, faleceu nesta segunda-feira (9), aos 82 anos, nos Estados Unidos. Segundo um comunicado da família, ele partiu “pacificamente, cercado por seus três filhos, seu melhor amigo e sua família estendida”, vítima de uma doença pulmonar obstrutiva crônica e complicações relacionadas a outros problemas de saúde.

Nascido em 15 de março de 1943, em Denton, Texas, Sly Stone foi um dos artistas mais inovadores do século XX, fundindo soul, funk, rock e psicodelia em um som explosivo que influenciou gerações. Sua banda, a Sly and the Family Stone, formada em 1966, era um raro exemplo de diversidade na música da época, reunindo homens e mulheres, negros e brancos, em uma formação que pregava unidade e liberdade tanto em suas letras quanto em sua atitude transgressora.

Com álbuns revolucionários como A Whole New Thing (1967), Stand! (1969) e o sombrio e experimental There’s a Riot Goin’ On (1971), Sly Stone redefiniu o funk, introduzindo batidas sincopadas, distorções de guitarra, teclados futuristas e uma produção inovadora que antecipou o hip-hop e a música eletrônica. Seus maiores sucessos, como “Everyday People”, “Dance to the Music”, “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)” e “Family Affair”, tornaram-se hinos atemporais, celebrando a diversidade e a resistência cultural.

Reconhecido como um dos maiores inovadores da música negra, Sly foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 1993 e sua obra foi sampleada por incontáveis artistas, do hip-hop ao pop moderno. Em 2025, sua vida e legado foram revisitados no aclamado documentário “Sly Lives! (aka The Burden of Black Genius)”, dirigido pelo músico Questlove, do The Roots.

Em entrevista à Variety, Questlove destacou: “Sly criou o alfabeto que ainda usamos para expressar música. Ele foi o primeiro a dominar a gravação multipista, o wah-wah, a bateria eletrônica e a produzir sozinho em seu estúdio caseiro. Enquanto celebramos Stevie Wonder e Prince por suas inovações, foi Sly quem pavimentou o caminho. Ele também, sem querer, reinventou o hip-hop décadas antes, com todas as batidas e samples que criou.”

Apesar de enfrentar dificuldades pessoais e vícios nos anos 1970 e 1980, seu impacto permanece inabalável. Artistas como Prince, George Clinton, Rick James, D’Angelo, OutKast e Kendrick Lamar citam Sly como uma de suas maiores influências. Sua música, uma mistura de alegria contagiante e crítica social, continua a ecoar como um manifesto de liberdade criativa.

Sly Stone deixa um legado imensurável—não apenas como um ícone do funk, mas como um dos arquitetos da cultura musical contemporânea.

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Última atualização em: 11 de junho de 2025 às 0:06

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