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Ministérios da Cultura e dos Povos Indígenas assinam Protocolo de Intenções para ampliar ações conjuntas

Uma das iniciativas é a construção do Plano Nacional de Culturas Indígenas
As ministras da Cultura, Margareth Menezes, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinaram nesta sexta-feira (9) um Protocolo de Intenções para construir e implementar o Plano Nacional de Culturas Indígenas, entre outras ações intersetoriais.

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As ministras da Cultura, Margareth Menezes, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinaram nesta sexta-feira (9) um Protocolo de Intenções para construir e implementar o Plano Nacional de Culturas Indígenas, entre outras ações intersetoriais. A celebração da parceria ocorreu durante a 4ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), em Brasília. O documento também fortalece e integra iniciativas que já vem sendo realizadas por ambas as pastas, como a organização do III Fórum Nacional de Culturas Indígenas e o Encontro de Escritores Indígenas, eventos previstos para o segundo semestre de 2025.

Na solenidade, Margareth Menezes destacou a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, que garante aos povos indígenas 10% das vagas em editais realizados pelos estados, Distrito Federal e municípios com recursos federais. Reafirmou ainda o compromisso do Ministério com a valorização da diversidade cultural do Brasil.

“É impossível viver em um país que desconsidera e desvaloriza os ativos, sentimentos, colaborações e direitos dos povos originários. Então, é mais do que uma missão do Ministério da Cultura, é uma questão de honra a gente, nesse momento, tendo o recurso poder implementar essas políticas. Com esse protocolo de intenções, o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério da Cultura vão concretizar e materializar mais ainda as ações que já estão acontecendo. Existem portas abertas em várias ações do Ministério da Cultura”, afirmou.

Foto: Filipe Araújo/ MinC

Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a formalização dessa parceria representa mais um passo na consolidação de políticas públicas que respeitam, reconhecem e fortalecem os povos indígenas no país. Além disso, marca uma aliança estratégica entre duas pastas comprometidas com a diversidade, com a justiça social e com os direitos fundamentais da população indígena.

“A cultura indígena é ancestral, viva e dinâmica. Está nos campos, nas culturas, nos saberes, nas histórias, nas sementes, na língua falada e na forma como nos relacionamos com a terra. Cultura, para os povos indígenas, não é apenas uma expressão, é existência. E reconhecer essa existência com dignidade é papel do Estado brasileiro. O protocolo que firmamos hoje é muito mais do que um documento. É um compromisso político com a proteção e a promoção das expressões culturais dos povos indígenas”, destacou.

Em relação ao Plano Nacional de Culturas Indígenas, Sônia Guajajara explicou que se trata de uma demanda histórica dessa população. “Será um instrumento fundamental para garantir que as políticas públicas cheguem nos territórios com participação social, com respeito à diversidade e com a força da identidade de cada povo. A parceria com o Ministério da Cultura é um exemplo potente do que podemos fazer juntos, somar saberes, potencializar ações, respeitar os modos de vida e valorizar as culturas indígenas, não como algo do passado, mas como parte essencial do presente e do futuro do Brasil. Este Protocolo reforça o que temos defendido desde o início, que nenhuma política pode ser feita sobre nós sem nós”, concluiu.

Já a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, reforçou a importância desse momento de fortalecimento institucional, mas principalmente de trazer a cosmovisão indígena para a pauta das políticas culturais.

“Os direitos culturais são direitos que alavancam o conjunto de direitos humanos. Mas são direitos recentes. Só com a Constituição Federal de 1988 que a cultura foi reconhecida como um direito. Então, é muito importante que a gente possa se apropriar da dimensão cultural no campo dos direitos humanos, e que eles possam impulsionar todo o campo de resistência, de luta, de acesso à dignidade para todas as pessoas”, acrescentou.

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Última atualização em: 10 de maio de 2025 às 14:48

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