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Ministra do TSE Vera Lúcia impedida de entrar em auditório de evento que palestraria e como a ascensão social não protege gente preta

O advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu nesta quarta-feira (21) à Polícia Federal (PF) a abertura de investigação para apurar o caso de discriminação racial ocorrido contra a ministra Vera Lúcia Santana Araújo, uma das integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ministra do TSE Vera Lúcia foi impedida de entrar em auditório de evento que palestraria mesmo após apresentar a identificação

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Enquanto muitas pessoas tentam diminuir o trabalho do Movimento Negro,de cyberativistas e de coletivos negros, nosso país prova todo dia que não importa o quanto uma pessoa negra ascenda econômica e socialmente, para o sistema, seguiremos tendo a pele escura como marcador social negativo. Indicada ao tribunal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Vera Lúcia é advogada reconhecida pela atuação como ativista do movimento de mulheres negras e ainda assim foi barrada na entrada do seminário Gestão Pública – Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e a Discriminação, promovido pela Comissão de Ética Pública (CEP) em parceria com a AGU, onde daria uma palestra.

Vera Lúcia foi impedida de entrar no auditório do evento mesmo após apresentar a carteira funcional de ministra. Ela ainda foi destratada. A liberação só ocorreu após a ministra solicitar providências para resolver a situação.

No documento encaminhado à PF, Jorge Messias requereu “máxima urgência” na apuração dos fatos, a identificação dos responsáveis e aplicação das medidas legais.

“Reitero o compromisso da Advocacia-Geral da União com a defesa dos direitos fundamentais e com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, especialmente o racismo estrutural que ainda persiste em diversas instâncias da vida institucional brasileira”, afirmou Messias no documento.

O evento foi realizado no auditório do edifício do Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC), onde diversos órgãos têm sede, entre eles, a AGU.

Em ofício enviado ao TSE, a AGU esclareceu que a entrada no prédio é controlada por funcionários terceirizados contratados pelo condomínio.

Lembro de quando o empresário Crispim Terral, bem vestido, se comunicando bem, levou um mata-leão de um PM após se desenrender com o gerente do banco Caixa.

Muitos pretos se iludem achando que serão integrados de alguma forma quando saem das quebradas, mas somos vistos como invasores constantemente. Sem uma mudança radical em todas as estruturas, as coisas seguirão assim,violência após violência.

Com informações da Agencia Brasil

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Última atualização em: 23 de maio de 2025 às 12:50

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